domingo, 30 de novembro de 2014

"Não que seja fácil...

...mas ando procurando acreditar no melhor. No melhor das pessoas - é aqui que entra a idéia de que não seja fácil -, nas melhores intenções de quem me circunda. Ando acreditando bastante na força de um abraço, na veracidade de um olhar. Acredito até mesmo na firmeza de um aperto de mão. Acredito na amizade. Tenho dado fé ao amor e ao perdão. Sabe, venho me perdoando de muito do que já fiz. Muitas pessoas me perdoaram também. Me falaram do amor - no sentido universal -, daí logo vi, o quanto sou infantil nesse assunto. Estou aceitando aulas, afinal o amor me parece ser a força motriz de todas as coisas. Estou num processo maluco de desvalorizar o que não merece apego - falo de coisas -,  ontem um amigo me mostrou uma canção que veio de encontro com aquilo que eu vinha introspectando. Era algo do tipo; tudo aqui não passa de um empréstimo. Então, vamos cuidar mais da gente, da nossa gente, dos nossos animais, vamos nos equilibrar mais, no elevar. Vamos nos atualizar, conhecer, aprender e ensinar, rasgar velhos paradigmas. Esquecer um pouco as mazelas dessa caixa de Pandora, e então enxergar as coisas com mais positividade,  ver tudo sob novos primas. Pode parecer um tanto utópico,  mas é uma questão de crença, assim como acreditamos, por diversos momentos que o pior vai emergir subitamente,  me dei com grande veemência a possibilidade de acreditar que o melhor das pessoas, podem também emergir subitamente. Estou construindo essas crenças, meus pensamentos estão em construção, e nada do que eu pensar terá a qualidade de verdade absoluta, pois minhas verdades sobre o melhor sempre vão mudar para o melhor. Acredite mais no bem que paira por aí!"


Anderson Dias

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Emaranhado

Penso. Quero.
Repenso. Afirmo.
Firmo. Fico. Sinto.
Tamborilo os dedos.
Não minto. Medos?
O velho...não quero.
O novo, não tão novo!
É de outrora... 
Todavia, só foi agora.
Sei lá! É novo sim!
Enfim, pelo menos a mim.
Quero. Temo! Mas, vale?
Vale! Paro! 
Ora, isso é raro!
Então, vale!
Chega! Cale!
Sinta, não pare!
Respira, pira.
Deixa rolar.
Não indague. Afague.
Calma. Intenso!
Já não penso!
Quando vem!
Vai acontecer de novo.
Ora, nesse emaranhado,
Vai tudo bem!

Anderson Dias

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Outro caminho

Era só uma saída e outra coisa mais.
Era para ser nada de mais. Só que foi demais! Papo entrosado, e alguns goles de vinho seco. Os pensamentos eram coesos, de total sentido, mas eram muitos, inacabados. Os verbos não supriam mais a comunicação, as mãos já se falavam. Meu polegar direito transitava bem o dorso da mão dela. E eu matutava ali, - isso não acaba aqui - e foi longe, assumiu veredas desacostumadas ao meu coração. Só que agora já foi, quero desbravá-la. Só que agora, olhar para trás já não faz mais sentido. Só que agora, já rasguei os mapas das rotas de outrora e daquilo que era só uma saída, originou-se uma nova estrada a se percorrer. E ela? Veio comigo! Agora não quero outro caminho, senão o dela.

Anderson Dias 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

"O fato é...

...que a vida perdeu o valor de vida. Aspectos materiais assumiram a posição e o sentido dela. Então ter vida é ter posse de bens e de pessoas. A existência do outro é entendida como um produto qualquer e, por isso a vida alheia é facilmente substituída e descartada. A sociedade não recicla o homem, que por sua vez é vítima e vitimizador. Nós fabricamos sistemas condenatórios que tornam a vida um subproduto, onde o ordenado nos mais diversos níveis é o que determina o que é mais ou menos vida. Aí eu te pergunto! 

Quanto vale a vida?"


Anderson Dias

O Dono do Tempo

És o Dono do tempo,
Dos meus passos, meus laços.
Dos meus ensinamentos, 
Das histórias, os traços

Do meu rosto no processo
De envelhecimento, 
És o Dono do tempo,
Dos meus acasos, acometimentos.

Advoga meu testamento,
Dono do meu dilúvio, repúdio,
O choro oriundo da morte,
A passos largos, rápidos,

Rumo ao arrependimento, 
Dado ao constrangimento,
Inexprimível, outro nível,
Teu amor incompreensível,

Remodelou meu mundo, 
A partir de outro Big Bang,
Avistei novo universo,
Donde converso Contigo.

No ponto, pronto,
Preparado, mãos no arado,
Agora colho meus frutos,
Consequências e meus inimigos. 

Manda-me amá-los
Como se fossem meus íntimos,
Ínfimo me sinto
E ainda me deixas viver.

És o Dono do Cronos,
O qual não posso compreender,
Errei a vida inteira
E no ultimo ato, eu pude aprender.


 Anderson Dias

"Quem depende...

...tão somente da matéria, do prazer efêmero e dos retornos imediatos jamais entenderá a transcendência da vida, apenas porque tais paixões não transpassam por além deste plano. O homem na real pouco sabe sobre a felicidade. Eu não sei! "


Anderson Dias