terça-feira, 18 de novembro de 2014

O Dono do Tempo

És o Dono do tempo,
Dos meus passos, meus laços.
Dos meus ensinamentos, 
Das histórias, os traços

Do meu rosto no processo
De envelhecimento, 
És o Dono do tempo,
Dos meus acasos, acometimentos.

Advoga meu testamento,
Dono do meu dilúvio, repúdio,
O choro oriundo da morte,
A passos largos, rápidos,

Rumo ao arrependimento, 
Dado ao constrangimento,
Inexprimível, outro nível,
Teu amor incompreensível,

Remodelou meu mundo, 
A partir de outro Big Bang,
Avistei novo universo,
Donde converso Contigo.

No ponto, pronto,
Preparado, mãos no arado,
Agora colho meus frutos,
Consequências e meus inimigos. 

Manda-me amá-los
Como se fossem meus íntimos,
Ínfimo me sinto
E ainda me deixas viver.

És o Dono do Cronos,
O qual não posso compreender,
Errei a vida inteira
E no ultimo ato, eu pude aprender.


 Anderson Dias

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