Difusa vereda.
Tantas morais!
A que lado pender?
Na qualidade de insight.
Abri mão dum lado qualquer.
Vou (só) me equilibrar.
"De mais um parto, eu parto para vida..."
Cínico (assim me chamaram),
Cênico, aventureiro e errante.
Ambivertido, perdido...
Coleciono flagrantes.
Pervertido (assim me chamaram),
Ator, sem pudor, aceito doses de dor e deleite.
Não aceite o meu aceite.
Sutilmente ligeiro, faceiro,
Ligeiramente desconfiado,
Aperto mãos de maus intencionados.
Sou triste, alegre alado.
Não acredito mais no céu,
Mas o inferno está instaurado.
Me visto de terno ou até mesmo mais largado, olho sempre para os lados. Me sinto atravessado.
Sou poeta, apaixonado...
Bebo sangue, sigo como lobo solitário. Rio de mim, por ora sou hilário. Tenho fantasmas, eles são frutos do meu passado. Vivo sempre atrasado, mas com um pé um pouco mais adiantado. Sou pouco na imensidão, sou rouco por gritar no caos e escuridão. Sou monstro socialmente tolerável,
Me mato, me crio, renasço.
Nessa porra toda (pandemônio),
sou mutante, transmutável."
Anderson Dias
...mas ando procurando acreditar no melhor. No melhor das pessoas - é aqui que entra a idéia de que não seja fácil -, nas melhores intenções de quem me circunda. Ando acreditando bastante na força de um abraço, na veracidade de um olhar. Acredito até mesmo na firmeza de um aperto de mão. Acredito na amizade. Tenho dado fé ao amor e ao perdão. Sabe, venho me perdoando de muito do que já fiz. Muitas pessoas me perdoaram também. Me falaram do amor - no sentido universal -, daí logo vi, o quanto sou infantil nesse assunto. Estou aceitando aulas, afinal o amor me parece ser a força motriz de todas as coisas. Estou num processo maluco de desvalorizar o que não merece apego - falo de coisas -, ontem um amigo me mostrou uma canção que veio de encontro com aquilo que eu vinha introspectando. Era algo do tipo; tudo aqui não passa de um empréstimo. Então, vamos cuidar mais da gente, da nossa gente, dos nossos animais, vamos nos equilibrar mais, no elevar. Vamos nos atualizar, conhecer, aprender e ensinar, rasgar velhos paradigmas. Esquecer um pouco as mazelas dessa caixa de Pandora, e então enxergar as coisas com mais positividade, ver tudo sob novos primas. Pode parecer um tanto utópico, mas é uma questão de crença, assim como acreditamos, por diversos momentos que o pior vai emergir subitamente, me dei com grande veemência a possibilidade de acreditar que o melhor das pessoas, podem também emergir subitamente. Estou construindo essas crenças, meus pensamentos estão em construção, e nada do que eu pensar terá a qualidade de verdade absoluta, pois minhas verdades sobre o melhor sempre vão mudar para o melhor. Acredite mais no bem que paira por aí!"
Anderson Dias