segunda-feira, 8 de junho de 2015

"Sou...

... híbrido e conflitante.

Cínico (assim me chamaram),

Cênico, aventureiro e errante. 

Ambivertido, perdido...

Coleciono flagrantes. 

Pervertido (assim me chamaram),

Ator, sem pudor, aceito doses de dor e deleite. 

Não aceite o meu aceite.

Sutilmente ligeiro, faceiro,

Ligeiramente desconfiado,

Aperto mãos de maus intencionados. 

Sou triste, alegre alado.

Não acredito mais no céu,

Mas o inferno está instaurado.

Me visto de terno ou até mesmo mais largado, olho sempre para os lados. Me sinto atravessado.

Sou poeta, apaixonado...

Bebo sangue, sigo como lobo solitário. Rio de mim, por ora sou hilário. Tenho fantasmas, eles são frutos do meu passado. Vivo sempre atrasado, mas com um pé um pouco mais adiantado. Sou pouco na imensidão, sou rouco por gritar no caos e escuridão. Sou monstro socialmente tolerável,

Me mato, me crio, renasço.

Nessa porra toda (pandemônio),

sou mutante, transmutável."


Anderson Dias

sábado, 23 de maio de 2015

Erros, Progresso na Finitude

Não há motivos para se esconder. Acreditar que tudo há de ser eterno, é trilhar pelas veredas da angústia. Aceitar as consequências, reconhecer as qualidades de suas próprias ações e então se apropriar de seus resultados revela maturidade. Com visão de autocrítica olhe os seus próprios erros, aceite-os e perceba o quanto eles te tornaram melhor que antes. Quem não se permite errar ingressou o plano errado, aqui não deveria estar. Somos melhores que ontem e jamais paralise em virtude dos seus próprios fantasmas, os deixe aí para que você possa sempre se lembrar o quanto nos transformamos após um revés. Vivamos nossa finitude terrena nos apropriando de nossas nossas invirtudes, tendo-as como fontes de nosso aprimoramento. Retrato aqui só mais um paradoxo deste plano.  

Anderson Dias