quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

"Como..

...uma tempestade, todas as coisas dessa vida são passageiras."

Anderson Dias

Descanse

Sem voz. Eu já falei demais.
Talvez eu canse seu coração,
Na tentativa de entendê-lo.
Antes, eu era seguro no que fazia.

Pois, não havia pretensões.
Era como aceitar o deleite dos delitos,
Sob as conformidades da dona das ilusões.

Não havia o que querer entender.
Não tinha muito o que conquistar,
Senão, um momento.
Era só um gole de efemeridade.

Agora é diferente. Sedento por algo maior, me vi inseguro. Achei que eu deveria interpretar seu universo.
Nesse movimento, devo ter cansado o seu coração.

E o que fiz, foi na intenção de fazer certo. Porém, não sei se assim o fiz.

Enfim, vá descansar, que eu preciso refletir!

Anderson Dias 


domingo, 21 de dezembro de 2014

Interplanetário Ser

Aceitar o desafio de ser astronauta e desbravar a galáxia , afim de encontrar um novo mundo para se entregar e amar o que houver por lá, não é algo tão simplório! É uma imensidão de possibilidades e muitas incertezas, nada é certo numa viagem como tal.

São milhares de planetas, de solos e atmosferas diferentes. Uma hora a gente precisa pousar a nave, descansar a mente e relaxar o coração e buscar ali, uma razão para viver. Quero dizer um bom motivo para ali querer viver.  É muito provável que algo bom possa ser encontrado, em probabilidade ainda maior que encontre situações exclusivas, não cultivadas em seus esquemas de conhecimento. Logo, a alteridade e o novo se tornam, portando seu maior desafio de vida.

É que adentrar um novo planeta requer muito gerenciamento interno sobre o que se percebe no externo. Requer então, maturidade, vivência e olhos atentos. Pois, um novo solo carrega uma história desconhecida ao seu mundo, carrega também outros costumes e culturas. Um planeta, é cheio de singularidades!  É preciso ser um antropólogo espacial para entender aquilo tudo que é especial aos seus olhos.

Não é nada fácil se aventurar em outro planeta! O sucesso da sua morada neste novo mundo, depende muito, é claro, da hospitalidade do solo, em contrapartida muito depende também da habilidade desse astronauta e gerir a faceta do novo planeta!

O astronauta que cito aqui, partiu para uma viagem, encontrou algo belo por lá, e se deparou com circunstâncias, das quais o forçaram a entrar num processo de assimilação, acomodação e que busca agora sua equilibracão perante este novo mundo.

Só para quebrar o gelo, Piaget deve estar torcendo por ele!

E por fim, embora o astronauta por ora veja socraticamente indagando-se e desdobrando-se no novo solo a cada dia, não sinto que ele queira voltar...

Anderson Dias

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

"Bem baixinho...

...coloquei Debussy para tocar. Eu nem fazia ideia do que era, mas eu estava certo,  seria agradável, como tudo que ela faz ou diz. A sonoridade daquele piano era leve. Leve como ela é por aqui. Tranquiliza minha alma, me coloca na condição de rei. O bem que ela me faz, é tão bom quanto o bem que aquele piano me fez. Mas, o piano acabou e veio a sensação de que aquela harmonia, deve ser mantida por mim, mesmo sem saber tocar,  é como se fosse, sim, um aprendiz e ela um piano, eu preciso, preciso aprender a tocar. Estou contente, porque a música que a gente já faz, embora ainda precise de mais e mais aperfeiçoamento , nela já posso dançar. Eu não tenho vontade de parar. Somos a melhor representação, daquilo que é compor sob as linhas do incerto, mas convictos que ali, existem notas carregadas de amor."

Anderson Dias 

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Poesia para ela

Saudade de te abraçar,
De ti, do teu olhar.
Saudade de molhar
Minha boca na tua.
Das tuas mãos em mim.
Você, toda nua.
Minha mente não para.
E me jogo de vez,
Quando seu corpo com o meu se depara.

Anderson Dias