segunda-feira, 8 de junho de 2015

"Sou...

... híbrido e conflitante.

Cínico (assim me chamaram),

Cênico, aventureiro e errante. 

Ambivertido, perdido...

Coleciono flagrantes. 

Pervertido (assim me chamaram),

Ator, sem pudor, aceito doses de dor e deleite. 

Não aceite o meu aceite.

Sutilmente ligeiro, faceiro,

Ligeiramente desconfiado,

Aperto mãos de maus intencionados. 

Sou triste, alegre alado.

Não acredito mais no céu,

Mas o inferno está instaurado.

Me visto de terno ou até mesmo mais largado, olho sempre para os lados. Me sinto atravessado.

Sou poeta, apaixonado...

Bebo sangue, sigo como lobo solitário. Rio de mim, por ora sou hilário. Tenho fantasmas, eles são frutos do meu passado. Vivo sempre atrasado, mas com um pé um pouco mais adiantado. Sou pouco na imensidão, sou rouco por gritar no caos e escuridão. Sou monstro socialmente tolerável,

Me mato, me crio, renasço.

Nessa porra toda (pandemônio),

sou mutante, transmutável."


Anderson Dias

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