sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Você merece o mundo e o meu samba também
Eu te dei aquela flor meu amor,
eu te dei o meu coração.
Quebrei meu mundo isolado
pra dividir com você essa paixão.
Encontrei a razão em meus poemas
como o pescador e o peixão.
Você meu amor merece o mundo
e tudo o quê vai além.
Você merece o meu beijo
e o meu samba também.
Eu te dei aquela flor meu amor,
e te dei meu coração também.
Encontrei você no meu sonho,
acordei do seu lado meu bem.
Agradeci ao Senhor e que tudo
seja um eterno amém.
Eu te dei aquela flor meu amor,
e te dei meu coração de bamba,
Naquela roda tão linda
tão cheia de camba.
E com isso fiquei feliz meu bem
Ai te dei o meu samba.
Por Dias, Anderson
terça-feira, 28 de outubro de 2008
Anexo, mundo complexo
É o ritmo, é a rua,
é a poesia que incorpora,
é o anseio de escrever na madrugada
quando o sono vai-se embora.
É o desejo da inspiração
conectando o raciocínio
ao cume da piração,
é belo o fascínio.
Surpreendo-me, assim
aprendo a desejar
a mais complexa interpretação
dos universos de meus versos.
Ligeiramente a viajar
de jangada no rio da mente,
de misturas sábias, loucas,
aprazível,deprimente.
Pequeno poema grande,
grande sentimento,
pobre valorização,
nobre avivamento.
Vivas, vivas, vivas!
Os climas, os climas.
Revivas, revivas, revivas!
O gosto de todas as rimas.
Cada qual em suas vilas,
adentrar-se a um insano mundo,
triste, sorridente,
fraudulento, oriundo.
Aprendas então a viver
no ritmo, na rua.
Saibas logo discernir
o que é Sol, o que é Lua.
Por Dias, Anderson
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Ilhota
Imagina-se deitado na areia, sujo, a dias sem comer, repentinamente, sente a água gelada, salgada, do mar, na cara. Sinta-se só, em meio à ilhota gerada pela sua mente, sinta-se no meio do desconhecido, em volta nada te faz sentir seguro, já se faz tarde, o sol se põe, então, logo se sente confuso, não entende nada naquele ambiente do qual você da voltas, e volta ao mesmo lugar, nas extremidades da areia, ainda visível, se vê somente ondas contínuas, mas, mais à frente somente a linha do inalcançável, onde nada mais se vê, logo seu instinto explicitamente avisa que dali para frente não terás chances. Volte o pensamento, de terra firme, pois é ali que você se encontra, escurece a ilhota, o sol não mais está contigo.
O medo nasce emergente em seu coração, toma conta de ti, na ilha tudo permanece normal, aparentemente, você já cansou de voltas e mais voltas por sobre a ilhota, mas sente medo de entrar em seu miolo selvagem, cheio de barulhos estranhos, que aceleram seu coração. Isso é sonho? Não pode ser verdade? Isso não acontece?
És assim que vai ficar? Indagar-se mudará suas circunstâncias? Existe um medo dentro daquele miolo sombrio rindo da sua cara!
És assim que ficará?
Toda aquela valentia em meio à terra dos fracos, não faz diferença agora. Sente que nada faz por ti agora? Sua braveza sem a coragem é coadjuvante somente, se queres mudar definitivamente, deixar sua arrogância, seus erros não corrigidos por seu ego, egocêntrico, absoluto, deverás tomar noção de seu medo existente sim. Dói aceitar, mas algo se esconde nas mãos do medo, que ri à vera da sua cara, assim você se limita, e ficará preso a um circulo vicioso, implantado pelo medo, que consome seus sonhos, com mordidas de degustação, saboreando sua incapacidade que o faz rir, o faz ser maior, e mais presente, e na ilhota nada muda, mas seus projetos são modificados a cada minuto, olhando para você como uma criança sendo devorada tomada pelo pavor da morte precoce, solicitando um socorro imediato, mas crianças não sabem ver covardia, ou coragem, somente pensam que pessoas maiores que elas podem trazer-las a segurança, assim elas pensam.
Viu?
Assim seus sonhos morrem devido a sua fraqueza imposta pelo medo do miolo selvagem e sombrio da ilhota que estás limitado. Deixarás quantos sonhos serem devorados? Quantos?
Levante-te, anda, erga essa cabeça, és forte nessa hora, sinta, sinta agora, veja os pêlos de seus braços sentirem algo na atmosfera, veja-os arrepiados, ignore as tremulações dos joelhos, sinta a respiração ofegante vinda do miolo. Sinta!
Encoraja-se, seu filho está lá dentro na mão do monstro, sua esposa e uma vida melhor são reféns do medo!
Sê Homem!
Sê!
Isso, perfeito!
Entre, avance, o caminho é tortuoso, é o pavor com vida, mas mantenha-se firme, e lute, lute sua vida vale mais que um medo dominador, mais que uma frustração de aluguel, é essa a devida hora, e já é chegada. O medo está próximo, as estrelas vigiam sua caminhada, o mundo na verdade nem sabe que você existe nessa hora, limpe seus pensamentos e cative seus objetivos. Sinta o suspiro de uma vida aclamando por existência digna, estás curado de diversas deformidades, sem ao mesmo notar, agora resta o ir ao ápice dessa cura.
Vê aquela árvore grande, sem folhas e seca?
Ali reside o medo!
Não trave agora, concentra-se, respire e siga com convicção de sua vitória!
O medo se faz presente agora, veja! Então, viu? Isso é o seu medo, sente-se pasmo, surpreso não é mesmo? Na verdade o medo não nada monstruoso é tão somente você mesmo em forma de criança, sem a mão segura de um pai, à encorajar-lo a seguir numa ilhota que não mostra qualquer receptividade de bem-vindo, ou qualquer oportunidade de mudança, ou crescimento, o medo na verdade é mais fraco que você, pois a partir do momento que você toma noção de quem você realmente é, ele perde sua força, sua essência, não tem como ele combater com uma pessoa que firma os pés e se põe a seguir, é aí que ele perde, pois é descoberto, e quando se sente descoberto logo nota que a coragem acabou de nascer, sendo assim ele morre naquele mesmo momento.
Vença o medo e vença você mesmo, nós somos os nossos piores inimigos!
Seu amor, seus filhos, seus projetos e sonhos foram salvos, pois assim você quis, sobretudo você foi aquilo que realmente sempre foi, só que com coragem de viver sua existência com dignidade, agora aproveite o mar e os frutos dessa ilhota de matizes.
Você é aquilo que sua mente criar, então diga quem rege sua mente?
Por Dias, Anderson
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Breve, brava passagem
Eu, filho de André, aquele, o corajoso, o viril, clamo a Ti. Oh Eloá por quê fostes? A nós fizestes chorar. Eloá, Eloá, tire de nós os sentimentos insensatos, inconseqüentes, maldelazentos e desgraçados que contaminam o mundo, nossas casas e comunidades, uma massa inteira hoje chora. Iscariostes,nem mesmo ele pode suportar, chora hoje também. Foi forte, cruel e desleal, mas sua força se faz presente em nosso meio, permita viver aquela que comanda. Que sejamos comandados então em justiça, que ela preencha sua ida, sua precoce ida.
O amor foi falso, um calço inescrupuloso, registrado infelizmente na história, nós estamos no apogeu da indignação, sua riqueza tão simples se foi, sem preencher as linhas de sua missão.
Desculpe Eloá isso é minha concepção. Sei que desconheço sua intenção, mas, por quê foi assim? O mal foi covarde, eu senti isso, eu notei que o mal é covarde!
Eu disse que você se foi sem preencher as linhas de sua missão, contudo, eu posso estar errado, sei que posso! Enfim as loucuras acontecem, a fim de desorientar os mais mestrados. Sua ida foi sim, mui dolorosa aos nossos corações, foi sem ao menos beijar sua origem, mas teve de beijar o amargo do rosto do demônio, Sinto dor, odor ruim se exalou, pasmos, humanos tristes, o mundo assim se tornou, devida sua ida.
Tudo bem!?
Amanhã todos nós iremos voltar as nossas obrigações, talvez entendendo melhor, ou ainda se injuriando, talvez procurando conhecer-nos mais, junto, aqueles que seguem conosco, ou ainda entendermos que tudo acontece por parte, e que suas partes partiram a fim de dar uma nova partida a vida dos que se enfraqueceram por alguma parte partida de suas vidas. Eloá, digo à ti, você venceu o mal, sim você venceu, de você renasceram velhas vidas. Você de corpo e alma se entregou com isso a vida e seus valores à ti são mui gratas, e o mais lindo é saber que seu coração ainda bate em meio a esse mundo que precisava de sua breve, brava passagem.
Eu, filho de André, aquele, o corajoso, o viril, agradeço a ti, Eloá, intensamente.
Por Dias, Anderson
Quero sim
Quero sim, é eu quero
seu beijo indescritível
seu corpo alado
sobre o meu, aprazível.
Arrepiar-te por inteira
sim, numa vigília inteira.
Sem medo, só certeza
de futuros frutos na videira
da vida, sim dê a vida
à mim, logo presenteio-te
com meus deveras devaneios.
Airoso, assim conquisto-te
prazeroso ao ser teu.
Quero sim, seu beijo meu.
Por Dias, Anderson
sábado, 4 de outubro de 2008
Sente oh minha alma
Não sei o que acontece,
tudo está muito confuso.
É uma mistura de ir além
com pitadas de abuso.
Não sei como degustar.
talvez falte coragem,
às vezes é necessário astúcia
com aquele toque de malandragem.
Saber impor-se, sem opor-se
perante o que ama,
Romance, drama.
É não sei onde encontrar,
o que se sente quando ama.
Logo, minha alma à isso clama.
Por Dias, Anderson
terça-feira, 30 de setembro de 2008
Vontade
Vontade de escrever, vontade de cantar, de dizer que ama alguém, até mesmo de xingar, gritar e extravasar. Não rejeite uma vontade de sorrir, de dar gargalhada, de fazer palhaçada. Também a de não deixar de falar à quem tem que ouvir, vontade de aconselhar ou admoestar, de seduzir, vontade de ser abduzido, de sumir das páginas do gibi. Aproveite as vontades, todas antes que a vida perca a vontade de viver, tenha vontade de vida.
Tenha vontade de crescer, de conhecer, se unir, se entregar, sem medo do passado, e na melhor hora, vontade de uma vida dar. Se for homem tenha a vontade imensa de dar a semente, se mulher for, vontade tenha de dar luz, brilhante e reluzente.
Crie seu mundo conforme sua vontade, de ver brilhar o seu céu conforme sua vontade, erga suas colunas e faça do seu habitat o reflexo de sua vontade, derribe as lacunas, pois essas foram as culpadas de suas frustrações em suas vontades, tenha vontade de implodir o velho mundo sem cor, tenha vontade pintar o novo quadro, com guaches do amor.
Vontade de explodir de alegria, por ter pagado alto preço, pela aliança da vontade de seu amor. Vontade de poli-la, de mostrá-la, à quem tem vontade de ver sua vitória. Aproveite suas vontades, suas glórias, derribe o medo, e se encha de vontade e coragem, tenha vontade de abarrotar sua bagagem, do seu gosto e de suas vontades.
Não ignore suas vontades, pois assim pode estar desperdiçando suas maiores oportunidades, vontade de buscar o mais alto, de conhecer-se, e de amar quem luta por suas vontades.
Minha vontade é ver todos aqueles com apetite de vontade, e reavivá-la, ainda hoje sem fazer menção, a etnia, estatura, ou idade. O mais bonito do homem é ter vontade, e assim ela se ramifica em seus diversos meio de vida. Saboreie suas vontades à vontade!
Por Dias, Anderson
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Matem o louco
Idéias pregadas, porém incompreendidas,
aprendidas somente aos menores de classe.
Se há impasse és apreendida,
boba sociedade se faz de mal entendida.
Serei eu, vocês jamais serão como a mim
“mim” não os agrada, sou louco,
sou pouco, sou muito,
sou liso, sou rouco.
Sou feio, sou monstro,
assusto e mato, sou bicho do mato.
Seus filhos temem minhas expressões.
Ora de um sábio, ora de um rato,
incomodo com a verdade,
cacem-me, matem-me e ponha-me no prato.
Por Dias, Anderson
Meus escritos, minha alma
Eu, Dias, Anderson, ou até mesmo Andermaster, fiquem a seus critérios, estréio o meu segundo blog, o primeiro muitos já conhecem o blog Cerimônia Pública, voltado para o mundo da cultura hip-hop, porém aqui no Escritos de um poeta assaz, estarei trazendo versos escritos por minha autoria, pode também acontecer de eu postar escritos de outros, afim de mostrar que os jovens brasileiros estão vivos, e são capazes de expressar seus sentimentos sem aceitar as imposições de uma sociedade opressora, nossos escritos são nossas almas. Sem mais delongas, pois a parada é essa aí!
Boa Leitura, e paz à todos!
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