quarta-feira, 25 de março de 2009
O mais belo dom é mecânico
Meus escritos
não nascem mais quão no passado.
Agora me sinto reprimido num só cômodo
onde nem tanto me acomodo,
muito menos penso do meu modo.
Meu encéfalo, falou que não queria ser mecânico,
que estaria a ponto de entrar em pânico,
e que eu tornar-me-ia afânico. Vai vendo!
Minha vida é uma porta, que logo me deparo com
arquivos, dos quais tenho aversão dos mortos e vivos.
Um ar- condicionado que não esfria o meu desejo de escrever
os meus desejos
Papéis escritos, mas nenhum são meus, canetas azuis, ou pretas
das quais uso sem paixão, escrevo coisas que não saem do meu coração.
Vejo uma bela paisagem no monitor, irreal na minha realidade prisional,
devido ao meu interesse salarial.
Ai vida!
Vida?
Que vida é essa?
Sistemática, apática, sem tática, mesmas práticas...
Observada, analisada, vigiada, monitorada...
Subordinada, mandada, pressionada, mal alimentada...
Vai vendo!
E o pior de tudo é que chorar não vai adiantar,
vai ou racha, indo ou ficando a vida vai continuar.
Não sei como, mas continuar ela vai!
Por Dias, Anderson
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