quinta-feira, 1 de julho de 2010
Para ermas estradas após o perdão
Por que não aceitamos que vacilamos, que falhamos na vida, na ética, na paixão e no amor? Por que negamos? Não tenho todas as respostas para tais indagações, mas se você estivesse aqui pediria de antemão: Olhe em meus olhos! E daí, lhe assumiria o quanto falhei, o quanto errei e o quanto simulei. Eu não passei de uma farsa que se alimentava em seus sonhos, quão canalha, fui as suas vísceras amorosas e acriançadas!
Você talvez visse um bom vindouro! Eu apenas queria gastar os ouros da vida! Você talvez quisesse sinceras conversas! Eu apenas quis os bons cavacos alheios! Você ansiava as coisas eternas! Eu apenas cobiçava as transitórias! Éramos, portanto desarmônicos. Talvez tu fosses o anjo e eu o demônio. Como não notamos nossas incoerências antes dos ferimentos? Simulei excepcionalmente a ponto de não ser notório a olho nu? Ou você forjou nada perceber? Bom, inquéritos não mudariam nada agora...
Enfim...
Depois de tanto tempo, vale reconhecer as lacunas da estória que cunhei. E venho hoje meus erros assumir, não mais escondê-los e, portanto perdi-te aquele perdão de tempos. E só quero dizer-lhe que independentemente dos rumos, torço por ti, torço para que tu encontres nas vilas do mundo as melhores coisas do vindouro, as mais sinceras conversas e, sobretudo as coisas eternas. E eu? Pode deixar! Vou traçar as ermas estradas, lá é possível caminhar e refletir. Ademais...
Quem sabe por lá, eu encontre alguma distração?
Peço-te perdão!
Por Dias, Anderson
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4 comentários:
uau, que texto bonito, explícito... parabéns, escrevendo em prosa hein sr. anderson??? rsrsrs abraços
Você sabe que o perdão pode irradiar dentro das pessoas, certo?
O que você escreveu foi lindo.
Parabéns
Meus Deus!
A mim, faltam as palavras.
Perfeito!
Andersito, isso está incrível..Parabéns!!!!!!!!!!!
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