sexta-feira, 24 de julho de 2009
Águas desse mar
Já sofri, já chorei nessas águas salgadas, minhas mágoas afogadas na ilusão, eu não soube conduzir o barco, não tiver forças para segurar o leme, não encontrei o marco do mapa.
E isto me ocorreu, logo que Vossa pessoa escolheu o desbravar do Novo Mundo, mas já aceitei a perda, sou marinheiro vivido, talvez não mui sabido, mas o pouco que sei foi através do sofrido. A pérola se foi na imensidão, muito além do mar morto, foi como um aborto à razão do meu navegar.
Ainda assim me restou meu velho casco batido, contudo valente, permaneço nas costas do meu velho continente, em minhas mãos fortemente, aperto minha corrente de fé e torno-me mais sorridente, mesmo fadigado.
Darei mais valor a minha terra, e por ela se necessário for provoco guerra, não vou mais chorar pelas perdidas da vida, nem pelas idas sem voltas. Amo meu barco, minha praia, meu aconchego, reparti do pouco que tinha, minha cumbuca de peixe, óleo e farinha.
Lembra da promessa que te fiz?
Se um dia me tornasse rei, de ti faria minha rainha.
Entretanto, a vida nos prepara distinção, donde, agente pára, reflete e consolida que na bonança do mar, não houve ladainha, porém quando veio a tempestade, tu deixaste minha alma sozinha em meio as águas agitadas, afim, de findar uma história e constituir-me feito lenda em teu coração.
Conheças, vá e conheças o novo mundo, vá e conheças o que o mesmo lhe reserva, fantasias, tropicalismo, calor exacerbado, suor, muito suor, deseje o peridesmo desconhecido, sobrepuja-se aos teus sentimentos momentâneos.
Troque o navegar de um destino certo, porém, longínquo pelo destino incerto, mas, mui, mui atraente, eu sei.
Deleite-se!
Enquanto eu vou lutar por minhas “dracmas” e navegar próximo ao penhasco sombrio, vou suportar o meu frio sem teu calor, porém amanhã sairei novamente a navegar, quem saiba não encontre uma nova pérola da qual de corpo e alma eu possa amar, aqui vou ficar, eternamente, nas águas desse imenso mar.
Por Dias, Anderson
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