sexta-feira, 26 de março de 2010

Há tempo, não há motivos


Sentido contra mão, deveria eu estar à caminho do Anhangabaú, mas sigo Tucuruvi, lançando-me fora do real objetivo.

Logo venho a indagar-me. Quais são meus motivos?

Prematuramente, nasce um silêncio, um silêncio ditador. Um silêncio que sufoca a verdade que há dentro de mim. Verdade esta que não sente as primícias do alvorecer, pois adoece, ora num velho colchão, ora num simplório sofá.

Lá fora, o dia acontece e os pássaros cantam, mas nos cantos não encontro motivação.

Lá fora, rajam os primeiros raios solares, mas neles não há para mim, inspiração alguma.

Por vezes, sinto-me sem forças na alma, sem alento, sobretudo sem sentido. O relógio, já registra nove e quarenta e dois da manhã e ainda não encontrei motivos para sorrir. Cada minuto sem motivo é cada minuto sem sorriso, resumindo-se em tempo perdido. O tempo não vai esperar você encontrar motivos para sorrir.

O tempo não pára, há tempo, não há motivos, há silêncio, não há motivos.

Por Dias, Anderson

2 comentários:

Luiza de Freitas Nunes disse...

Que saudades de passar por aqui.
Ando meio sem tempo, estudando muito, nem o E&L escapou.
Mas visitar teu canto é sempre uma alegria pra mim!
Sempre encontro aqui belas palavras e que me fazem sorrir ^^
Omundo não nos dá motivos pra sorrir, nós é que devemos sorrir sem motivo no mundo em quevivemos.
Sorrir não deve ser uma ação vinda de uma introdução, de um porque; mas sim espontaneamente sem motivo algum!

Enfim, sempre textos ótimos, sempre bom passar por aqui!

Grande beijo

Rafaelle Benevides disse...

"Viver é mesmo como dançar sem música, as vezes sem par, as vezes fora do tempo...

As vezes sem motivos..."

Lindo post. saudades de vc, querido. abraços.