sexta-feira, 25 de setembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Primavera
Não há como não sorrir, vossa chegada tem mais cores, mais primores. Lindas são as vidas de vossas flores. Sentir-te-ei nesta vossa passagem, quão bom serás. Quão pura és. Nos campos, o cio da fartura, o brio de vosso aroma traz-me a cura, sempre, instantaneamente. Enchestes deveras minh’alma de paixão e de calma, deitar-me-ei em vossa grama sem o peso de minha talma. Respirar-te-ei fundo nessa era.
Estarei mui bem contigo ó linda primavera.
Por Dias, Anderson
Ilumina
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Da hora...
É, ela me chamou de da hora.
Pensei na hora...
Isso já sabia desde outrora.
E perguntei sem demora...
Tá, mas e daí coração? Agente beija agora?
Ela olhou pra mim, sorriu e disse...
Disse não, agiu.
Foi um “smack” na hora! Da hora!
Por Dias, Anderson
Pensei na hora...
Isso já sabia desde outrora.
E perguntei sem demora...
Tá, mas e daí coração? Agente beija agora?
Ela olhou pra mim, sorriu e disse...
Disse não, agiu.
Foi um “smack” na hora! Da hora!
Por Dias, Anderson
"Toda brisa...
...faz-me rei, pois fecho os olhos, levanto a cabeça, respiro fundo e logo sinto meu reino interior."
Por Dias, Anderson
Por Dias, Anderson
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Toco-te, toca-me
Nosso encontro desde outrora, bagunça-me até agora. E ainda mexe comigo, tu tocas minha estrutura, cutucas minhas entranhas. Mantemos viva nossa sina, nos encontramos constantemente e gosto quando tu vens assim, querendo-me, pedindo a tocar-te, sem escrúpulos, toco-te em qualquer parte. Pira-me, inspira-me, pausa-me, respiro-te.
Demais!
As cordas balançam, nossas almas dançam entre os teus tons e a minha poesia, feita com a voz do coração, louvor em demasia. Toda minha, és minha deusa, musa, rainha. Tão minha és, tão dentro de mim, e vivo por ti. Faço a ti como quero, faço do modo que venero.
Tu és a minha percussão, minha delicia, minha excitação, és a minha bateria, meu gozo, minha histeria. Minha guitarra, donde minh'alma amarra-se. Meu contrabaixo, donde num tempo perfeito encaixo-me em ti. Tu és o tambor do meu coração, donde bate a essência do amor, tu és sim meu tambor. Tu fazes-me bem no frio com café, fazes-me bem no calor da fé.
Quando vens na sala, toda minha, e eu no sofá, minh'alma, já não se sente sozinha, e ali é o ninho, da nossa arte, do nosso estandarte, nasce nossa cria oriunda da inspiração, até a aurora, eis a nossa composição.
Assim vai se dando nossos frutos dançantes, nossos aturados e magníficos encontros em perfeita sintonia, em cabal harmonia.
Intimidade... Permite-nos, então...
Toco-te, toca-me!
Por Dias, Anderson
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
O despertador toca...
E você não levanta.
O gato mia,
E você não o alimenta.
Desse jeito quem aguenta ?
Que vida é essa? Monotonia.
Por Dias, Anderson
O gato mia,
E você não o alimenta.
Desse jeito quem aguenta ?
Que vida é essa? Monotonia.
Por Dias, Anderson
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Monólogo à madrugada
Estou tentando dormir,
Afim de esquecer do que tenho que lembrar.
Estou tentando esquecer,
Daquilo que me esqueci de preocupar.
E a noite passa,
Os pássaros descansam em paz.
Eu tento, juro que tento,
Mas o sono não se faz...
Presente, meu corpo sente
Que eu já deveria estar a sonhar.
Mas tenho tantas coisas para lembrar,
E vivo a incerteza. Qual delas cunhar?
Acho que a que deveria,
Eu já a deixei escapar.
Como a mão de outrem que aqui não está,
Nem por isso o fim do mundo me resta esperar.
Ainda hoje às sete da manhã,
Isso tudo vou tentar esquecer e me levantar.
Vou colocar a minha máscara
E falsamente alegre ir trabalhar.
E no caminho tentar não lembrar as tristes melodias,
Que as velhas cordas à noite tocam,
Vou buscar sentir os raios do sol
E os pássaros que descansavam, irei ouvir o que cantam.
Vou tentar me esvaziar do que toma conta
De ponta a ponta de mim,
Porque quando lembro os ouros que perdi,
É duro, é difícil para mim.
Vejo minhas lágrimas caírem
E molharem os linhos de minha camiseta,
E de volta à madrugada, subitamente penso
Ainda há tempo de corrigir minha faceta.
Por Dias, Anderson
sábado, 5 de setembro de 2009
"Sempre assim tão largado...
...já larguei e fui largado. Sem ou com razão, mesmo tão largado, há a quem não largar e este é o meu coração."
Por Dias, Anderson
Por Dias, Anderson
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Efêmera inocência
No fim de mais uma tarde, de mais um intenso vermelhidão no céu, faço de mim juiz, faço de mim réu. E fico a lhe esperar, fico a me julgar, a me culpar. Tento às vezes me defender de mim mesmo, mas passam os segundos e tudo continua a esmo.
Ainda fico a lhe esperar. Lembro quando você partiu, era eu ainda tão pueril, mas minha curiosidade me ensinou o ato de embriagar, o de gozar, o de dopar. Era insaciável, no entanto, isso me tirou a maciez de meu caminhar, e dali em diante você se foi e não mais voltou.
Agora por mais que hoje me privo de tais atos, não sinto o seu chegar.
Não, não sinto o seu voltar.
Agora carrego um peso, uma enorme cruz, uma culpa que não me deixar sorrir puramente como uma criança. Foi-se o brio de minha herança, passei a viver o peso da indecência, passei a chorar ao saber que eu matei a minha inocência. Foi efêmera sua vivência por aqui, ainda com peso eu vou viver, e tornar a ser uma criança será a interminável quimera de meu Ser.
Por Dias, Anderson
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