quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Efêmera inocência
No fim de mais uma tarde, de mais um intenso vermelhidão no céu, faço de mim juiz, faço de mim réu. E fico a lhe esperar, fico a me julgar, a me culpar. Tento às vezes me defender de mim mesmo, mas passam os segundos e tudo continua a esmo.
Ainda fico a lhe esperar. Lembro quando você partiu, era eu ainda tão pueril, mas minha curiosidade me ensinou o ato de embriagar, o de gozar, o de dopar. Era insaciável, no entanto, isso me tirou a maciez de meu caminhar, e dali em diante você se foi e não mais voltou.
Agora por mais que hoje me privo de tais atos, não sinto o seu chegar.
Não, não sinto o seu voltar.
Agora carrego um peso, uma enorme cruz, uma culpa que não me deixar sorrir puramente como uma criança. Foi-se o brio de minha herança, passei a viver o peso da indecência, passei a chorar ao saber que eu matei a minha inocência. Foi efêmera sua vivência por aqui, ainda com peso eu vou viver, e tornar a ser uma criança será a interminável quimera de meu Ser.
Por Dias, Anderson
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4 comentários:
O texto me fez lembrar a música "Catedral"; embora o tom da música seja mais aprofundado, no sentido de uma visão mais "adulta" [porque aqui no texto se fala de inoscência, coisa que perdemos ao se aproximar de tal idade],os dois falam da mesma coisa e levão à um caminho.
Música: "...Mas vi você
Tão longe de chegar
Mais perto de algum lugar..."
Texto: "...não sinto o seu chegar.
Não, não sinto o seu voltar..."
Se analizar bem, é uma mesma situação descrita em palavras diferentes! VocÊ deve ocnehcer a música, ams depois da uam olhada no resto da letra.
Enfim, eu gostei bastante!
Grande beijo
Denso o texto meu querido. Como as grandes emoções o são. Está cada dia melhor.... Adoro! Beijinhos , muitos, Kathy
é incrivel como as palavras rolaram fácil...
legal o blog
vc escreve bem
Então vamos lá, talvez seja sina do descobrimento, não sei.
Mas é difícil crescer, perder a sua inocência.
Tem horas que eu não queria crescer.
Bom blog. ^^
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